II Fórum Nacional dos Secretários de Esportes
Comissão de atletas pode ir ao Governo e Senado contra a redução no orçamento do esporte –
Participei nesta terça-feira, como representante do Conselho Estadual do Esporte, do II Fórum Nacional dos Secretários de Esportes. O evento fez parte dos Jogos Universitários Brasileiros e trouxe uma novidade que não agradou muito aos 18 representantes estaduais presentes ao encontro em um hotel de Salvador: a informação da redução de 50 por cento do orçamento para o esporte em 2020. Os números provocaram algumas manifestações de desagrado entre os secretários que expuseram as ações dos estados e suas dificuldades, justamente pela falta de recursos. O Secretário Especial Adjunto do Esporte do Ministério da Cidadania, coronel Marco Aurélio Souto de Araújo, primeiro palestrante do dia, foi quem comunicou o corte de R$ 400 para R$ 220 milhões. Foi contestado com mais veemência, pelo Superintendente da Sudesb – equivalente à Fesporte na Bahia –, Vicente Neto, que também lembrou que a Secretaria não lançou nenhum edital em 2019. O assessor de comunicação do Ministério, Luiz Roberto Magalhães fez a intervenção conciliadora, aceita por todos, inclusive pelo Secretário Marco Aurélio. Sugeriu que os secretários procurem em seus estados os atletas de grande destaque, como campeões olímpicos e mundiais, para que formem uma comissão, peçam audiência ao presidente Bolsonaro e façam uma visita à Câmara e ao Senado. “O apelo dos atletas causará muita repercussão podendo sensibilizar o presidente e os congressistas, além de provocar grande impacto junto à mídia, que certamente vai perseguir o assunto”, concluiu Luiz Roberto.
O presidente da Fesporte, Rui Godinho, participou da reunião junto com o diretor administrativo da FCDU, Paulo Henrique Souza –o Paulão -, apresentando as atividades da sua instituição e o orçamento realizado em 2019 envolvendo custos de manutenção e para a realização dos dez eventos que fazem parte do calendário do esporte catarinense. O valor total chegou próximo dos R$ 41 milhões, segundo levantamento feito na Fesporte. Como ocorreu na maioria das apresentações, Rui também falou em inclusão social, mas destacando que o foco dos gestores não pode ser apenas esse: “Claro que temos pensar no esporte como fator de inclusão, mas também devemos lembrar dos bons resultados econômico-financeiros que a atividade esportiva proporciona aos municípios e à atividade empresarial”.
Texto Mário Medaglia
Foto Antônio Prado